Introdução

A amplitude de movimento (ADM) refere-se ao grau de movimento que uma articulação ou conjunto de articulações pode realizar em diferentes direções. A coluna vertebral, composta pelas regiões cervical, torácica e lombar, possui diferentes níveis de mobilidade em cada uma dessas regiões, que variam em função de sua anatomia e função (KAPANDJI, 2000, p. 112). Neste artigo, exploraremos a ADM dessas regiões nos planos anatômicos tradicionais: sagital, coronal e transverso.

Planos Anatômicos Tradicionais

Antes de abordar a ADM da coluna vertebral, é importante entender os três principais planos anatômicos (TORTORA; DERRICKSON, 2017, p. 95):

Agora que entendemos os planos, vamos examinar a ADM em cada região da coluna vertebral.

Coluna Cervical

A coluna cervical, formada por sete vértebras, é a mais móvel da coluna vertebral. Ela permite uma ampla gama de movimentos devido à configuração anatômica das vértebras e articulações (Kapandji, 2000).

Coluna Torácica

A coluna torácica, composta por doze vértebras, é menos móvel que a cervical. Isso se deve à presença das costelas, que limitam os movimentos da região (Bogduk, 2005).

Coluna Lombar

A coluna lombar, composta por cinco vértebras, é responsável por suportar a maior parte do peso do corpo, o que reduz sua amplitude de movimento em comparação com as outras regiões da coluna (Kisner & Colby, 2016).

Fatores que Influenciam a ADM da Coluna

A amplitude de movimento da coluna pode ser influenciada por vários fatores, incluindo a idade, o nível de condicionamento físico, a flexibilidade muscular e a presença de lesões ou patologias. Com o envelhecimento, há uma redução gradual da ADM, principalmente devido à degeneração dos discos intervertebrais e das articulações.

Importância da ADM na Saúde

Manter uma boa amplitude de movimento na coluna é fundamental para prevenir lesões e dores. Exercícios de alongamento e fortalecimento muscular podem ajudar a manter a mobilidade e a estabilidade das articulações. Além disso, a ADM adequada facilita a execução de atividades diárias com eficiência e segurança.

Conclusão

A amplitude de movimento da coluna cervical, torácica e lombar varia conforme a anatomia de cada região e os planos anatômicos em que os movimentos ocorrem. Compreender essas variações é essencial para avaliar a saúde da coluna e desenvolver programas de exercícios que preservem sua mobilidade.

Referência:

KAPANDJI, I. A. Fisiologia Articular: Esquemas Comentados de Mecânica Humana. 6. ed. São Paulo: Manole, 2000.

NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 7. ed. Elsevier Brasil, 2019.

TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. H. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 15. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.

KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas. 6. ed. Manole, 2016.

BOGDUK, N. Clinical Anatomy of the Lumbar Spine and Sacrum. 4th ed. Churchill Livingstone, 2005.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *