O músculo rombóide maior é um músculo fundamental das costas que conecta a escápula à coluna vertebral. Ele tem uma função essencial na retração e estabilização da escápula, sendo crucial para a postura e os movimentos do ombro.

Descrição

O músculo rombóide maior é um músculo superficial, de formato losangular, localizado na parte superior das costas, abaixo do músculo trapézio. Ele atua junto com o rombóide menor, auxiliando na retração da escápula, movimento necessário para aproximar as escápulas à coluna vertebral.

Anatomia

O músculo pertence ao grupo dos músculos extrínsecos do ombro e é um dos principais responsáveis pela movimentação da escápula. Sua localização permite que ele tenha um papel importante na estabilização da escápula durante os movimentos dos membros superiores (KAPANDJI, 2000).

Origem

A origem do músculo rombóide maior ocorre nas apófises espinhosas das vértebras torácicas T2 a T5, localizadas na região média da coluna torácica (MOORE; AGUR, 2014). Essa origem permite que o músculo atue de maneira eficaz na retração escapular.

Inserção

A inserção ocorre ao longo da borda medial da escápula, abaixo da espinha escapular. Essa inserção contribui para o controle da posição da escápula e sua estabilização contra a parede torácica (NETTER, 2018).

Inervação

A inervação é realizada pelo nervo escapular dorsal, originário das raízes nervosas C4 e C5, sendo essencial para a retração adequada da escápula e para a manutenção de uma postura correta (DYCE; SACK; WENSING, 2010).

Ação

A principal ação do músculo rombóide maior é a retração da escápula, aproximando-a da coluna vertebral. Ele também participa da rotação inferior da escápula, permitindo que o braço se mova para baixo após a elevação (GARDNER; GRAY; O’RAHILLY, 1988).

Fisioterapia

Em fisioterapia, o músculo rombóide maior é frequentemente tratado em casos de disfunções posturais, como a escápula alada, ou dores nas costas e ombros. Técnicas de fortalecimento e alongamento são aplicadas para restaurar o equilíbrio muscular e melhorar a postura (HAMILL; KNUTZEN, 2008).

Avaliação

A avaliação envolve a observação da postura, com foco na posição das escápulas. A fraqueza dos rombóides pode ser observada em casos de escápulas aladas. Testes de retração escapular podem ajudar a identificar a força e o controle muscular (KENDALL; MCCREARY; PROVANCE, 2007).

Palpação

A palpação do músculo rombóide maior é feita na borda medial da escápula, especialmente quando o paciente realiza retração escapular. A sensibilidade durante a palpação pode indicar tensão muscular ou lesão (SALTER, 1999).

Teste de Força

Para testar a força do músculo rombóide maior, o paciente deve tentar retrair a escápula contra resistência aplicada pelo fisioterapeuta. A fraqueza durante o teste pode sugerir comprometimento muscular (JANDERSON; WELLER, 2006).

Tratamento

O tratamento inclui técnicas de liberação miofascial, fortalecimento muscular, e correção postural. A aplicação de calor e eletroestimulação também pode ser útil para reduzir a tensão e aliviar a dor (RICHARDS; BOWDEN, 2014).

Prescrição de Exercícios

Exercícios para fortalecer o músculo rombóide maior incluem movimentos de retração escapular, como a remada com elástico:

  1. Fixar o elástico em uma estrutura estável;
  2. Puxar o elástico em direção ao corpo, retraindo as escápulas;
  3. Retornar lentamente à posição inicial (CLARK, 2012).

Alongamento

O alongamento é importante para prevenir encurtamento muscular e melhorar a flexibilidade. O alongamento de “abraço do urso” é um exemplo eficaz:

  1. Cruzar os braços à frente do corpo;
  2. Segurar os ombros opostos com as mãos, sentindo o alongamento na parte superior das costas (BIEL, 2014).

Conclusão

O músculo rombóide maior é essencial para a movimentação e estabilização da escápula. A avaliação, tratamento e fortalecimento deste músculo são cruciais para a prevenção de disfunções posturais e dores nas costas. Técnicas de fortalecimento e alongamento devem ser aplicadas para garantir sua função saudável.

Referências

BIEL, A. Trail Guide to the Body: A Hands-on Guide to Locating Muscles, Bones, and More. 5. ed. Boulder: Books of Discovery, 2014.

CLARK, M. A. NASM Essentials of Personal Fitness Training. 4. ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2012.

DYCE, K. M.; SACK, W. O.; WENSING, C. J. G. Tratado de Anatomia Veterinária. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

GARDNER, E.; GRAY, D. J.; O’RAHILLY, R. Anatomia: Estudo Regional do Corpo Humano. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases Biomecânicas do Movimento Humano. 2. ed. São Paulo: Manole, 2008.

JANDERSON, S.; WELLER, S. Fisiologia Aplicada à Fisioterapia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

KAPANDJI, I. A. Fisiologia Articular: Troncopelveana. 6. ed. São Paulo: Manole, 2000.

KENDALL, F. P.; MCCREARY, E. K.; PROVANCE, P. G. Músculos: Provas e Funções. 5. ed. São Paulo: Manole, 2007.

MOORE, K. L.; AGUR, A. M. Anatomia Orientada para a Clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 6. ed. São Paulo: Elsevier, 2018.

RICHARDS, S. C.; BOWDEN, A. M. Eletroterapia: Princípios e Prática. 3. ed. São Paulo: Manole, 2014.

SALTER, R. B. Textbook of Disorders and Injuries of the Musculoskeletal System. 3. ed. Baltimore: Williams & Wilkins, 1999.

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